segunda-feira, 27 de julho de 2009

Lapso refratário

e foi-se mais um dia cansado abatido
sem ter mais o que fazer pensar
e agora?
coisas que poderiam ter sido ditas
mas que não foram porque não puderam ser imaginadas
(não se supõe o que não quer)
e pra que afinal nessas trançadas linhas de tudo que há
é menos o que não há
e agora

depois de tudo há sempre um lapso
uma pausa pra despertar de si a sã consciência
de um (des)acaso que alguém um dia retomará de algum lugar
que não haverá mais possibilidade
de tornar finito o que não é

constroem-se palavras como num fluxo retardo
refratário tardio depois
sempre as antíteses de tudo que se imagina
e algo que aos poucos novamente se funde e perde-se
para dar origem ao novo ou algo que o valha

pra sempre

terça-feira, 2 de junho de 2009

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Reflexão antifreudiana

Só me interessam os sonhos sonhados
quando estamos acordados.

sábado, 25 de outubro de 2008

cólera e degeneração




bem como tem sido.
inércia leva à cólera.


e a degenereção gradativa dos desejos, essa acontece naturalmente.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

A melhor vista da Av. Rio Branco

foto tirada pelo meu "telefone" celular

Take the red one, Neo.

Zé Hegel é um evolucionista.
Acredita que a Arte levou 25 séculos para escapar de qualquer teoria.

Zé Hegel, campeão de DT Racer,
se acostumou com o frio porque
não tinha tempo pra comprar um casaco.

Zé Hegel


Este é Zé Hegel, dividido entre a teoria e a prática.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

uma taça às minhas mãos.
uma billie aos meus ouvidos.
era tudo o que eu precisava.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Elogio do Papel

Em frente ao computador...
Pensativo...
Me sinto mais à vontade com a caneta e o papel.
Folha de papel do tamanho do meu pensamento.
Se tenho muitas idéias, preciso de muitas folhas.
Se tenho poucas, qualquer pedaço de papel serve.

Na tela do computador o pensamento se perde.
É mais forma do que conteúdo.
O computador cria uma tensão de revisão,
nos obriga o tempo todo a mudar a forma.
"Isso não está bom."
Recorta aqui, cola ali...
"Agora sim!"
Fica uma estética sem graça, minimalista.
Uma escrita asséptica,
sem as manchas, as rasuras, o suor, a gordura do corpo,
que só o manuseio do papel nos oferece.

O manuscrito está impregnado de vida.
O escritor deixa nele um pouco de si.
O ato de escrever é uma arte.

Poema sem letra

Me pedir m p r escrever um poem
Sem letr " ".
qui est´ !!!

M p diram para scr v r um po ma
S m a l tra " ".
Aqui stá !!!

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

hoje cortei novamente os cabelos.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

dias monótonos e estranhamente coloridos me percorrem.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

o mundo virtual
me fez pensar numa melancolia
do mundo real.
mesmo a rede de computadores
tem memória.
no sentido de
"lembranças"...

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

alergia, alergia

revirando o armário mofado
ouvindo música que ouvia há 7 anos
e pouco dinheiro na carteira

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

o que há de eterno:
o que há de eterno?
o que há de eterno.
o que há de eterno...

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Nada Dada

Não quero nada
Quero o Dada
Não quero tudo
Quero o duto
Por onde possa fluir
Sem travas nem bloqueios
Qualquer coisa
que venha e vá
com calma

domingo, 17 de agosto de 2008

Hoje me vêm dois temores
amanhã se vão dois amores.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Eita, que já faz tempo que as letras não me vêm.
Ingratas, sim.
Mas também as desobedeço. Às vezes.
Tem horas que me encho de orgulho e não quero me misturar com elas.
Gentinha.
Pentelhas, isso sim.
Há momentos, também, que as acho muito além da minha capacidade.
Longínquas.
Centelhas, isso sim.

Já faz tempo que elas não me vêm.
Pequenas ou grandes, longe ou perto, hei de sentar no meio-fio a esperá-las.
Me sinto um Beckett a esperar pelo seu Godot.
Ou um homem à procura de seu fôlego.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Mais um dia de vida
fritando hamburgueres
pra acompanhar a cerveja vencida

sábado, 9 de agosto de 2008

passei um tempo sem palavras.
sem ações.
de repente, as palavras vieram.
num sem fim de idiomas.
imerso em idiomas e idéias.

terça-feira, 29 de julho de 2008

ontem recebi cartas e ligações.
mas depois do delírio, penso:
tá muito bom pra ser verdade,
cadê a merda pra me ferrar?
quase o pessimismo personificado.
(ou seria acomodação?)

segunda-feira, 28 de julho de 2008

calor, pensamentos rápidos
eterno recomeço.
mas, sempre pode recomeçar a esperança.
semrpe reviver um sonho.
é o que me mantém são
é a eterna filosofia.

'Etant donnés', 1946-66.



champ-se-du

dump-se-cha

semp-cha-du

se-dump-cha

duchamp-se

sábado, 26 de julho de 2008

(26/07/08)
enfim, algumas coisas se solucionam.
é um vai e vem infinito
melhoras, tristezas, melhoras.
mas, tenho que me conformar
a vida é isto.
até que não é tão ruim.
Ou apenas mais uma perda. Sou a coleção de meus mini-fracassos em busca de uma perda maior.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

talvez seja o início de coisa boa.

Frag 25/07

Me perdi em algum lugar
Não sei como
Não sei por que
Não sei quando
Vou me encontrar

25/07/08 (00:54)



tento fazer a noite valer a pena
tento esquecer que não posso sentir pena
de mim mesmo todo tempo.
tenho que viver à pena.
tenho a lua nua,
não vou mais ficar desejando paraas estrelas.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

sinto agulhas:
nas costas
no joelho
no pulso

semana que vem vou ao consultório, para ouvir as novidades.
fragmentação inaugurada
tempo fragmentado
tempo inaugrado
inauguração fragmentada
tempo tempo
inaugurar fragmento


boas vindas...